quarta-feira, 20 de maio de 2009

SATISFAÇÃO SOBRE A GREVE

Como satisfação ao momente de greve estou (Valdir Barros/C.Biologia) esclarecendo algumas posições relativa as reivindicações que estamos pleiteando na greve, haja vista que alguns estudantes, por email ou orkut e até msn, tem me questionado.
Então vamos a estas:
Espero que as aulas reiniciem ainda em maio. Amanhã algumas decisões serão tomadas no sentido de prolongar ou finalizar a greve. A Governadora está disponibilizando 6% de reajuste para o nosso salário. Isso significa que nós, docentes, receberemos na linha do próprio salário mínimo (R$ 465,00), quando já foi estabelecido em Brasília o Teto salarial dos professores acima desse valo.
Essa discussão com o Governo está na pauta financeira apenas. Ainda precisam ser discutidas outras pautas ligadas a qualidade do ensino-aprendizagem que os trabalhadores da educação e o alunado enfrentam nos ambientes escolares. Nossa escola, por exemplo, não possui internet e os computadores estão obsoletos, o número de alunos por classe ultrapassa 50 nos turnos da manhã e tarde, o sistema de refrigeração já está comprometido com menos de um ano após a reforma, a lotação dos professores em outros espaços de aprendizagem como a biblioteca, o laboratório de Ciências é uma verdadeira tortura na SEDUC (local onde se vê funcionário totalmente perdido no atendimento às pessoas), alguns colegas temporários foram destratados e não podem mais lecionar na escola, e para completar a Governadora desautorizou o pagamento retroativo de qualquer espécie, o que significa que aquilo que foi trabalhado não será pago, momentaneamente, com a desculpa de enxugamento da folha (corte de gastos). No entanto, o Kit escolar e a propagando estão garantidos nesse governo.
Infelizmente minha visão particular de todos os governos é a de que a educação só funciona com o professor na sala de aula seja lá em que condições forem. Não interessa a presença de diretores, outros espaços de aprendizagem, não interessa a presença de outros recursos como um bom quadro, um data-show, um retro-projetor, um aparelho de DVD, as reformas nas instalações nem se fala, os banheiros tanto de estudantes como de outros funcionários nem pensar, a segurança nas escolas e transportes dos estudantes para as escolas ninguém viu, ninguém sabe.
Sem levar em consideração que este é o caso, apenas, da nossa escola.
Quando se chega em uma manifestação pró-greve com um discurso de que a mesma pode prejudicar os estudantes e que não devemos nos esquecer do ano passado com aulas nos sábados, como foi o meu caso, corre-se o risco de apanhar ou ser tido como traidor e pelego. Por isso, a maior parte dos colegas da nossa escola concorda com a greve, visto que a indignação na categoria com esse governo é muito grande e não podemos fazer vistas grossas para esse contexto.
No entanto, tudo que conseguimos até hoje, enquanto professores, financeiramente e em termos de qualidade de ensino-aprendiza, foi nas ruas enfrentando a polícia e gás de pimenta e bala de plástico (não de borracha como dizem na mídia), desacordo com as posturas de Governos e insensibilidades de muitos gestores que tomam conta do nosso estado, inclusive sendo criminalizados no atual Governo.
Somos os abusados, pois abusamos das Leis do estado, nossa greve no ano passado foi um crime. Por tanto os abusados criminosos estão nas ruas novamente reivindicando não só reajuste financeiro, mas uma melhor qualidade de ensino para esse estado super atrasado de educação, cultura, arte e lazer, entre outros.
Aguardemos os próximos capítulos dessa novela.
Assistam ao noticiciário sobre a nossa audiência na SEDUC.
Um abraço a todos/as.

Nenhum comentário:

Postar um comentário