terça-feira, 14 de agosto de 2012

Museu Goeldi lança o Censo da Biodiversidade


A instituição propõe uma ferramenta que permitirá aos pesquisadores, gestores ambientais e à sociedade em geral acompanhar o avanço do estado do conhecimento sobre a biodiversidade da Amazônia
Agência Museu Goeldi - Quantas espécies existem na Amazônia? "Parece uma pergunta fácil, mas é muito difícil responder quantas espécies existem aqui na Amazônia. É uma questão muito dinâmica, que depende de vários fatores. A todo tempo são descobertas novas espécies", responde a pesquisadora do Museu Paraense Emílio Goeldi - MPEG, Dra.Teresa Ávila-Pires, especialista em répteis.
A resposta a essa pergunta complexa está sendo estruturada no Censo da Biodiversidade, que foi lançado no dia 18 de maio durante o evento "A biodiversidade da Amazônia no contexto da Rio+20". O Censo é uma iniciativa da Coordenação de Pesquisa e Pós-graduação do Museu Goeldi realizada no âmbito do Programa Biodiversidade da Amazônia, com o objetivo de organizar e tornar público o conhecimento sobre a riqueza biológica amazônica.
É uma ferramenta a ser produzida colaborativamente pelos grupos de pesquisa que atuam na região para disponibilizar dados confiáveis, e atualizados regularmente, sobre as espécies da Amazônia.
O Censo inicia com as listas das espécies do estado do Pará, compreendendo 12 grupos da fauna e 3.813 espécies que ocorrem no território paraense. Os interessados podem conferir o nome científico, a família em que a espécie está inserida e, quando for o caso, a categoria de ameaça de extinção. As espécies da flora serão disponibilizadas num segundo momento, e deverão abranger duas bases de dados, uma de inventários florísticos e outra de coleções. Outros grupos biológicos também deverão ser agregados às listas até o final de 2012.
A meta do Censo é a disponibilização das Listas de Espécies da Amazônia brasileira e, mais adiante, do Bioma Amazônia, a partir de um trabalho em colaboração com as instituições e grupos de pesquisa atuantes na região.
O Censo também não será apenas uma Lista de Espécies. Ele deverá agregar com o tempo as informações sobre cada espécie, como exemplares disponíveis em coleções científicas, localidades de ocorrência, literatura relacionada, imagens, etc. O projeto também buscará a integração com as bases de dados em desenvolvimento no MPEG, como o SinBIO, e outras iniciativas, como o recém-lançado SIB-Br pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
Mas, o desejo da instituição secular, referência obrigatória nos estudos amazônicos, é maior. O MPEG propõe esta ferramenta colaborativa como um mecanismo para a comunidade científica nacional apresentar seus dados sobre os demais biomas brasileiros.
Biodiversidade, ciência e sociedade – Com o esforço coletivo na elaboração das listas será possível perceber, ao final de cada ano, as direções do avanço no conhecimento, por exemplo, via aplicação de novos métodos de coleta, novas regiões inventariadas, etc. Esta sistematização de informações permitirá ainda análises e números preditivos da biodiversidade. Segundo a pesquisadora Teresa Ávila-Pires, o Censo da Biodiversidade será uma ferramenta de acompanhamento do progresso científico: "Com essas atualizações, a gente vai ter uma visão do progresso, de quantas espécies estão sendo descritas, quantas espécies que não sabiamos que ocorriam em determinada área.
As primeiras listas de espécies do Censo da Biodiversidade estão disponíveis no site: http://marte.museu-goeldi.br/biodiversidade/censo/aplicacao 

PESQUISA - INCT Biodiversidade e Uso da Terra no Ciência Sem Fronteiras


INCT Biodiversidade e Uso da Terra no Ciência Sem Fronteiras

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dilmaAgência Museu Goeldi - A bolsista do INCT – Biodiversidade e Uso da Terra na Amazônia, Nárgila Gomes de Moura, participou do encontro com presidente brasileira Dilma Roussef em Londres, durante as Olimpíadas 2012. Ela está na Universidade de Cambridge pelo programa Ciência Sem Fronteiras, realizando um projeto de doutorado sanduíche. Sua tese busca entender como a riqueza e a comunidade de aves responde aos diferentes sistemas de uso da terra (áreas de floresta primária e secundárias e diversos sistemas de produção) em múltiplas escalas espaciais, incluindo duas regiões diferentes da Amazônia Brasileira - Paragominas e Santarém, municípios do estado do Pará.
Nárgila é estudante do Programa de Pós-Graduação em Zoologia do Museu Emílio Goeldi e Universidade Federal do Pará, está sob a orientação do acadêmico Alexandre Aleixo, curador da coleção ornitológica do Museu Goeldi.
Durante sua estadia na Inglaterra, a bolsista está produzindo dois artigos para revistas Qualis A1. O primeiro artigo é relacionado aos padrões de distribuição da comunidade de avifauna em múltipla escala, buscando limiares de cobertura florestal para proteção de toda comunidade nas paisagens de Paragominas e Santarém. Já o segundo artigo será sobre a distribuição e estimativa de abundância da Ararajuba (Guarouba guarouba- Psittacidade), espécie endêmica da Amazônia e que hoje é ameaçada de extinção por conta da fragmentação florestal, perda de habitat e tráfico de animais silvestres. O objetivo é modelar suas necessidades ambientais com base em dados coletados durante trabalho de campo e dados já publicados por outros pesquisadores.
O doutorado na Universidade de Cambridge tem permitido que a bolsista brasileira interaja com o Conservation Science Group, um grupo de pesquisa que se dedica ao planejamento sistemático de conservação, desenvolvendo análises econômicas e de modelagem, buscando conciliar estratégias de conservação ambiental com atividades produtivas. Alexander C. Lees, pesquisador do Conservation Science Group, do INCT Biodiversidade e Uso da Terra na Amazônia e colaborador do Laboratório de Ornitologia do Museu Goeldi, é responsável pela co-orientação da tese de Nárgila.
INCT – O Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Biodiversidade e Uso da Terra na Amazônia é coordenado pela ecóloga Ima Célia Guimarães Vieira (MPEG) e sua rede de pesquisa é composta por especialistas de 20 instituições científicas nacionais e internacionais. O foco deste INCT é o desenvolvimento de pesquisas, ações de educação e comunicação da ciência no Arco do Desmatamento – faixa territorial no Brasil de 244.420 km², que se estende pelo sul da Amazônia, indo do Maranhão ao Acre, abrangendo 524 municípios, mais de 10 milhões de habitantes, 36 unidades de Conservação Federais e Estaduais e 99 Terras Indígenas.
Para saber mais, acesse http://saturno.museu-goeldi.br/inct/

Plantas medicinais da Amazônia em selos


Plantas medicinais da Amazônia em selos

Numa parceria com o Museu Paraense Emilio Goeldi, os Correios lançam, em Belém, selos com estampas da andiroba, da copaíba, da muirapuama e da unha-de-gato
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Agência Museu Goeldi - A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (EBCT) lança no próximo dia 15 de agosto, no Museu Paraense Emílio Goeldi, em Belém, emissão especial de selos que focaliza as plantas medicinais brasileiras. A data marca mais um aniversário do Parque Zoobotânico, inaugurado num 15 de agosto há 117 anos.
De uso popular, as plantas compõem elemento fundamental da fitoterapia do país e, em particular, da Amazônia. Para selecionar as plantas que comporiam a série, os Correios convidaram a pesquisadora Márlia Coelho-Ferreira, da Coordenação de Botânica do Museu Goeldi.
A pesquisadora apontou a unha-de-gato e a muirapuama e permaneceu a sugestão inicial dos Correios para a andiroba e a copaíba. Todas são dignas representantes do conhecimento tradicional e de uso corrente pela população. Cada planta compõe uma lâmina e sua apresentação varia de acordo com a parte utilizada para consumo no tratamento de doenças diversas.
Importância - Plantas de uso do conhecimento tradicional, a andiroba e a copaíba são, para a pesquisadora, clássicos amazônicos. “Elas estão para a medicina tradicional amazônica, assim como a mandioca (ou a farinha de) está para alimentação da população da região”, diz Márlia.
Já a indicação da muirapuama, tem uma justificativa centrada na reconhecida capacidade adaptógena ou resistógena que combate o estresse e a fadiga guardando semelhança com o guaraná e a catuaba.
Segundo Márlia, “A introdução da muirapuama na Europa, particularmente na Inglaterra, remonta a 1920” quando foi incluída àBritish Herbal Pharmacopoeia – Farmacopeia Botânica Britância com indicações para impotência sexual e problemas circulatórios.
A unha-de-gato, reconhecida por sua aplicação em casos de dores articulares e musculares, tem a adicional importância por ser a única planta amazônica que consta da Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse do SUS (RENISUS). Nesta lista, esta planta refere-se exclusivamente à Uncaria tomentosa, espécie alvo de muitos estudos farmacológicos.
“Divulgar ao grande público brasileiro, informações sobre espécies que considero de extrema relevância e potencial para a política de saúde”, representa o alcance de metas das pesquisas desenvolvidas por Márlia Coelho-Ferreira .
Reconhecimento - Os lançamentos de selos postais são importantes estratégias para homenagear e divulgar manifestações as mais diversas da cultura brasileira. Com emissão pela Casa da Moeda do Brasil, os selos têm valor monetário equivalente à postagem de carta comercial. São quatro os selos com tiragem de 75 mil cada.
Segundo a pesquisadora do Museu Goeldi, convidada a dar consultoria aos Correios, a empresa selecionou o tema das plantas medicinais pela sua importância e o reconhecimento e valorização atuais.
As plantas e o conhecimento tradicional, a elas associado, constituem um dos principais aspectos da Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, criada em 2006.
De acordo com a Márlia Coelho-Ferreira, foi o pioneirismo do Museu Goeldi no estudo de plantas medicinais utilizadas na Amazônia e a atuação da instituição na área que levaram ao convite dos Correios. Para a ocasião do lançamento, a pesquisadora aposentada do Museu Goeldi, Elizabeth Van den Berg, autora do livro Plantas Medicinais da Amazônia, pioneira, na instituição, por seus estudos sobre plantas medicinais, é uma das convidadas da cerimônia.
Parceria proveitosa – A colaboração interinstitucional é considerada positiva por Márlia Coelho-Ferreira. “Para a instituição, em particular, é uma oportunidade para reforçar seu lugar no cenário científico nacional, mostrar sua capacidade de se abrir e interagir com os mais diversos setores, e de disponibilizar o espaço do Parque não apenas para atividades lúdicas,” explica a pesquisadora.
Para Márlia pessoalmente, o trabalho com os Correios é “uma grande oportunidade contribuir com as informações para o Edital dos Selos Fitoterapia Brasileira: Plantas Medicinais- Saber Popular, uma vez que trabalho com o tema e tenho por objetivo em minhas pesquisas esclarecer aspectos referentes aos conhecimentos tradicionais sobre as plantas de uso terapêutico e valorizá-los assim como aos seus detentores, em especial no contexto dos cuidados básicos de saúde”. 
Assista à entrevista com a pesquisadora Márlia Coelho-Ferreira sobre os selos comemorativos e as plantas medicinais no canal do Museu Goeldi no Youtube.
As plantas têm reconhecida aplicação dentre as populações tradicionais em regiões como a Amazônia e o Ministério da Saúde do Brasil também reconhece essa importância e admite oficialmente a eficiência de plantas medicinais como a unha-de-gato.
Emissão e comercialização - Dentre os lançamentos de selos pelos Correios, outro evento acontece na Amazônia. Da Série América: Mitos e Lendas, a empresa lança em Manaus no próximo dia 22, dois selos: um referente ao guaraná e outro à mandioca.
Todo selo emitido tem prazo de comercialização e os da série Fitoterapia brasileira – Plantas Medicinais Saber Popular serão vendidos até 31 de dezembro de 2015.
Os produtos  podem ser adquiridos na loja virtual dos Correios: www.correios.com.br/correiosonline ou na Agência de Vendas a Distância - Av. Presidente Vargas, 3.077 - 23º andar - 20210-973 - Rio de Janeiro/RJ - telefones: 21 2503 8095/8096; Fax: 21 2503 8638; e-mail: centralvendas@correios.com.br. Para pagamento, enviar cheque bancário ou vale postal, em nome da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, ou autorização de débito em cartão de crédito American Express, Visa ou Mastercard.
Serviço: Lançamento da Emissão Especial da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos denominada Fitoterapia Brasileira – Plantas medicinais, Saber Popular, no dia 15 de agosto de 2012, às 10 horas, no Parque Zoobotânico do Museu Paraense Emilio Goeldi, Av. Magalhães Barata, 376, em Belém.
Vídeo: Luena Barros.
Texto e edição: Jimena Felipe Beltrão


MINISTÉRIO DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INFORMAÇÃO: MUSEU EMÍLIO GOELDI EM PAUTA



Espécies selecionadas de fitoterápicos amazônicos ilustram selos nacionais

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Andiroba, copaíba, muirapuama e unha-de-gato: terapêuticas para entorse, inflamação, falta de vigor e dores musculares
Agência Museu Goeldi - Quatro espécies populares, encontradas em quintais e feiras da região amazônica inspiram a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (EBCT) que lança uma nova série de Selos, denominada Fitoterapia Brasileira: Plantas Medicinais- Saber Popular.
Confira cada uma das espécies e também selos comemorativos lançados no Museu Paraense Emilio Goeldi ao longo de sua história recente.
Textos: Jimena Felipe Beltrão

Andiroba, óleo de amplo poder

andirobaNo caso da andiroba - nome popular de duas espécies cujos nomes científicos são Carapa guianensis Aublet e  Carapa procera DC. da família Meliaceae – se utilizam as amêndoas para extrair óleo medicinal de sabor amargo.
Segundo a pesquisadora do Museu Goeldi, que deu consultoria a EBCT, “Os indígenas e caboclos dessa região usam o óleo de andiroba como repelente, purgativo, contra o tétano, a hepatite, as picadas de insetos peçonhentos e os parasitas”.
Outras formas de utilização da andiroba inclui o “emplastro ou em fricção, misturado ou não a outras plantas, trata contusões, distensões musculares, entorses, quebraduras, dores lombares e reumatismos”, diz Márlia.  Ela aponta ainda o uso da andiroba “em xarope composto de limão e mel ou simplesmente misturado ao mel, combate problemas respiratórios”. Em ungüentos e sabonetes, a andiroba trata afecções dermatológicas. Mas tudo é aproveitado e “o bagaço das sementes, resultante da extração do óleo, é destinado à produção de velas reconhecidas como repelentes naturais de carapanãs ou pernilongos, complementa”.
Árvore de grande porte com tronco reto, cilíndrico, a andiroba é característica das florestas alagadas (de várzea) da Amazônia, mas também pode ser encontrada em terra firme. Ela dá frutos grandes com cápsula contendo de 8 a 16 amêndoas das quais se extrai o óleo usado pela população.

Muirapuama, ação no sistema nervoso e na memória

Copaíba, óleo cicatrizante e antiinflamatório

Unha-de-gato, variedade de usos

Outros lançamentos de selos no Museu Goeldi

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

APRENDENDO A CRIAR UM PROJETO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA

Para todas as turmas de ensino básico da EEEFM PROFESSOR HONORATO FILGUEIRAS e interessados:
Iremos trabalhar com projeto de iniciação científica. Em nossa aula, para este fim, abordaremos o modelo de projetos de iniciação científica explicitado pelo meu colega da universidade do Instituto de Educação Matemática e Científica (IEMCI/UFPA), o Doutor Jesus Brabo, o qual poderá ser acessado pelo link abaixo:
http://www.ufpa.br/npadc/feicipa/Brabo2.pdf

Além deste, poderemos usar também o link: http://marte.museu-goeldi.br/marcioayres/index.php?option=com_simpledownload&task=download&fileid=images/stories/manual_pjma.pdf

SUBSÍDIO PARA ATIVIDADE DE PESQUISA SOBRE O ABORTO: Campanha Contra o Aborto (imagens fortes)

POSTAGEM PARA INVESTIGAÇÃO  DA TURMA 204
Para subsidiar nossa investigação sobre o aborto proponho que façamos uma reflexão sobres estas imagens presentes no link abaixo:

Campanha Contra o Aborto (imagens fortes)

ABORTO - FOCO DE PESQUISA DA TURMA 204/TARDE - EEEFM PROFESSOR HONORATO FILGUEIRAS

POSTAGEM REFERENTE A TURMA 204 DO TURNO DA TARDE DA EEEFM PROFESSOR HONORATO FILGUEIRAS

De acordo com o consenso a que se chegou na aula de 9/08/2012 o tema de nossa investigação a ser considerado é:

Aborto - situações fetais na interrupção da vida: entenda mais antes de praticar


O quão forte e generalizada é a cultura do aborto em todas as regiões
do país e quão limitado é nosso conhecimento
sobre a realidade desta prática. 

Maria Andréa Loyola 

Na ocasião também sugeri que partíssemos de uma publicação do jornal O Liberal  do dia 15 de julho de 2012, cujo título foi: ESTUDO REVELA PERFIL DE QUEM ABORTOU, o que foi acatado. Também afirmei que esta publicação era parte de uma publicação completa do artigo de uma revista, CIÊNCIA E SAÚDE COLETIVA.
 Para tanto, o artigo pode ser acessado online pelo link:
http://www.scielo.br/pdf/csc/v17n7/02.pdf

Poderemos aproveitar os comentários do jornal O Liberal que ainda inclui a situação da Santa Casa recebendo por mês até 300 mulheres com interrupção de gravidez.

A mesma revista apresenta ainda comentários sobre o artigo com os quais poderemos nos beneficiar. Estes (Comentários ao artigo: itinerários e métodos do aborto ilegal em cinco capitais brasileiras) podem ser acessados no link:
http://www.scielo.br/pdf/csc/v17n7/03.pdf

Ainda podemos subsidiar nossa investigação com o posicionamento do editorial da revista que traz importantes contribuições por meio de sua argumentação esclarecedora acessado no link:
http://www.scielo.br/pdf/csc/v17n7/01.pdf

Outras contribuições da revista na mesma edição para investigação:

As consequências jurídicas e sociais da manutenção da criminalização do aborto. Acessar o link: http://www.scielo.br/pdf/csc/v17n7/04.pdf


Dos fetos engolidos e escondidos: um comentário sobre o apoio de parteiras ribeirinhas ao aborto. Acessar o link:
http://www.scielo.br/pdf/csc/v17n7/05.pdf


“Levante a mão aqui quem nunca tirou criança!”: revisitando dados etnográficos sobre a disseminação de práticas abortivas em populações de baixa-renda no Brasil. Acessar o link:

http://www.scielo.br/pdf/csc/v17n7/07.pdf



AMB promove o I Congresso Internacional de Magistrados sobre Meio Ambiente


AMB promove o I Congresso Internacional de Magistrados sobre Meio Ambiente

A Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) promove, de 8 a 11 de agosto, o I Congresso Internacional de Magistrados sobre Meio Ambiente – In Dubio pro Natura.  O Congresso será realizado no Centro de Convenções do Hotel Tropical, em Manaus, e objetiva apresentar soluções para os problemas decorrentes do mau uso do meio ambiente, proporcionando uma visão do Direito Ambiental sob a ótica dos Poderes Legistativo, Executivo e Judiciário.
Segundo o professor Heder Benatti, diretor adjunto do Instituto de Ciências Jurídicas (ICJ) da Universidade Federal do Pará (UFPA), o Direito Ambiental abrange várias temáticas, como Direito Civil e Direito Penal. Tendo em vista isso, o Congresso apresentará resultados da Rio+20, além de fazer um panorama mundial do Direito e de políticas ambientais.
Programação – Ambientalistas, docentes, discentes, gestores, pesquisadores, advogados, defensores públicos, promotores de justiça, magistrados e quaisquer pessoas que atuem em áreas semelhantes poderão participar das palestras, painéis, debates e conferências do Congresso.
Na quarta-feira, 8, primeiro dia do Congresso, a programação será composta pelo credenciamento, seguido pela abertura do evento e um coquetel. Ao longo dos dias, o Congresso apresentará as tendências e os desafios do Direito Ambiental; o papel do Poder Judiciário nas questões ambientais; a especialização da Justiça Ambiental; o tratamento de resíduos sólidos; a reparação do dano ambiental; assim como oficinas diversas para os magistrados e outros. Para conferir a programação completa, clique aqui.
AMB – Fundada em 1949, a Associação dos Magistrados Brasileiros reúne 36 associações regionais e mantém, também, convênio com escolas de Magistratura dos Estados e em instituições de ensino. Voltada para a qualificação de magistrados de excelência, a AMB promove debates e cursos de especialização, que buscam esclarecer a sociedade sobre as atribuições dos profissionais do Judiciário.
Para saber mais sobre a AMB, visite o site.
Texto: Paloma Wilm – Assessoria de Comunicação da UFPA
Arte: Logomarca/evento

Semana Acadêmica de Ciências Naturais inscreve até 31 de agosto


Semana Acadêmica de Ciências Naturais inscreve até 31 de agosto

“Integrar experiências e reflexões teóricas na área de formação de professores das Ciências da Natureza”. É com este propósito que estão abertas as inscrições para a I Semana Acadêmica de Ciências Naturais, cujo tema será “Ciências naturais e suas tecnologias”. O evento conta com a realização da Faculdade de Ciências Naturais (Facin) da Universidade Federal do Pará (UFPA), do Centro Acadêmico de Ciências Naturais (Cacin) e terá o apoio da Pró-Reitoria de Extensão (Proex), por meio da Diretoria de Assistência e Integração Estudantil (DAIE).
Inscrições - O evento ocorrerá na UFPA, de 18 a 21 de setembro. Para se inscrever, o interessado poderá escolher entre as seguintes formas de participação: como ouvinteexposição de banners e para ministrar oficinas e minicursos. Para efetivar sua inscrição em qualquer uma das modalidades, o interessado deverá preencher uma ficha de inscrição correspondente a sua escolha. Concluído o preenchimento, a ficha de inscrição deverá ser enviada para o e-mail da Semacin:  semacinufpa@gmail.com, juntamente com o comprovante de pagamento da taxa de inscrição.
Prazos - Para apresentar trabalhos no evento, o prazo será até o dia 31 de agosto; e para participar como ouvinte, o prazo de inscrição se encerra no dia 18 de setembro. O valor da taxa para todas as modalidades é de R$15,00, que deverão ser depositados na conta: 0532-01239-02, na agência do HSBC.
“Para os participantes do evento como ouvinte, a carga horária a ser creditada será de 20h, e para os que irão apresentar trabalhos, será de 30h”, lembrou a estudante da Facin, Euzilene Barbosa, membro da comissão organizadora do evento.
Objetivos - Segundo a discente, que faz parte da primeira turma da Faculdade de Ciências Naturais, em Belém, um dos objetivos do evento é divulgar o curso para estudantes de outras áreas do conhecimento. “Além de fazermos com que as pessoas conheçam o nosso curso, o que nos levou a criar o evento é a intenção de integrar, em uma atividade, o ensino, a pesquisa e a extensão, possibilitando um maior contato entre os diversos conhecimentos desenvolvidos por estudantes, grupos de pesquisas e professores, no âmbito acadêmico da área de Ciências Naturais.”
Euzilene Barbosa ressalta que o curso de Graduação em Ciências Naturais é muito importante, pois abrange outras áreas do conhecimento, como Química, Biologia, Física, dentre outras, sendo possível trabalhar em pesquisas, usando essas disciplinas dentro das Ciências Naturais.
A preocupação em mostrar a produção acadêmica é um dos focos do evento, segundo a estudante. “Como esse é o último ano de muitos que estão fazendo parte da comissão organizadora, queremos reforçar a importância acadêmica do curso para os alunos que estão chegando, além de colaborar para que outras turmas possam levar este legado adiante.”
A expectativa, segundo ela, é que estudantes da capital, do interior e de outras áreas do conhecimento participem do evento como ouvintes e, principalmente, na apresentação de trabalhos acadêmicos.
Serviço:
Inscrições para I Semana Acadêmica de Ciências Naturais: “Ciências Naturais e suas tecnologias”
Inscrições: Para a apresentação de trabalhos, o prazo será até o dia 31 de agosto. Para inscrições como ouvintes, será até o dia 18 de setembro. 
Para mais informações sobre o evento, a programação e as informações sobre a semana, acesse o site oficial do evento.
Texto: Helder Ferreira – Assessoria de Comunicação da UFPA
Arte: Cartaz/Divulgação evento

Concurso de redação do CNPq aborda igualdade entre homens e mulheres


Concurso de redação do CNPq aborda igualdade entre homens e mulheres

A 8ª edição do Prêmio Construindo a Igualdade de Gênero está com inscrições abertas até o dia 17 de setembro. O Prêmio é uma promoção, em parceria, do Programa Mulher e Ciência do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento de Mulheres (ONU Mulheres).
Podem participar do concurso de redação, artigos científicos e projetos pedagógicos: estudantes de ensino médio, de graduação e de pós-graduação, além de escolas que promovam a igualdade entre os gêneros, em todo o Brasil. Estudantes da Universidade Federal do Pará (UFPA) também podem se inscrever.
O Prêmio – Criado em 2005, pela Secretaria de Política das Mulheres do governo federal, por meio do Programa Mulher e Ciência, o Prêmio tem como objetivo levantar reflexões sobre o papel da mulher na sociedade, bem como estimular a produção e a pesquisa acadêmica com relação a temas relacionados à disparidade ainda existente entre homens e mulheres no cotidiano, a valorização crescente da figura feminina, entre outras abordagens.
Segundo dados da Secretaria de Política para Mulheres, ao longo dos últimos sete anos, 19.694 trabalhos foram inscritos no concurso, com destaque para a participação de estudantes do ensino médio, que enviaram mais de 15 mil redações, nas edições anteriores. Apenas em 2011, foram 3.965 trabalhos selecionados e 30 premiados.
Inscrições – O Prêmio é dividido em categorias: estudantes do ensino médio podem enviar redações; graduandos devem inscrever artigos científicos; as escolas promotoras de igualdade de gênero devem enviar um relato que mostre como a escola trabalha a favor do tema. Mais detalhes sobre a documentação necessária e as normas para submissão de trabalhos aqui.
Aos vencedores – As premiações também variam. Na categoria “Mestre e Estudante de Doutorado”, os dois selecionados receberão R$ 10 mil cada. A categoria “Graduada (o), Especialista e Estudante de Mestrado” oferece R$ 8 mil a cada um dos dois premiados. O prêmio referente aos dois escolhidos na categoria “Estudante de Graduação” é de R$ 5 mil para cada.
Para estudantes do ensino médio, serão distribuídos computadores em etapas regional e nacional, e a escola promotora de igualdade de gênero recebe R$ 10 mil, a serem aplicados em iniciativas voltadas a esse assunto. Também podem ser oferecidas Bolsas de Iniciação Científica,  Mestrado e Doutorado aos vencedores. O resultado será divulgado no site do evento, e a premiação ocorrerá em Brasília, até o mês de abril de 2013. No site, você também pode encontrar mais informações sobre o Prêmio.
Texto: Gustavo Ferreira – Assessoria de Comunicação da UFPA
Foto: Alexandre Moraesharing Services

Projeto do NAEA estuda mudanças climáticas no rio Amazonas


Mudanças climáticas, em qualquer parte do mundo, sempre terão repercussões. Mas quando se trata da Região Amazônica, com toda a sua grandiosidade e complexa estrutura de fauna e flora, os resultados podem ser de grande proporção. Para compreender este fenômeno, o Projeto “Adaptações socioculturais dos caboclos no estuário amazônico a eventos extremos de marés” visa analisar os impactos dos fenômenos climáticos sobre parte da Região Amazônica e de seus moradores. O Projeto tem a coordenação da professora Oriana Almeida, do Núcleo de Altos Estudos Amazônicos (NAEA), da Universidade Federal do Pará (UFPA), e financiamento do International Development Research Centre (IDRC), Centro de Pesquisa para o Desenvolvimento Internacional, do Canadá.
Inundações inesperadas - O objetivo principal da pesquisa é observar as respostas culturais às vulnerabilidades, criadas por mudanças do número, duração e altura de inundações inesperadas, conhecidas, localmente, como lançantes, além de outros distúrbios no estuário amazônico, causados pelas mudanças climáticas.
Os caboclos, população predominante na região, estão notando mudanças nessas inundações, que têm um duplo impacto. O primeiro, adverso, dá-se sobre a agricultura de culturas anuais - ciclo produtivo, em um ano ou em até menos tempo, em que há a necessidade de se realizar o plantio, novamente, após a colheita. O segundo é uma resposta, relativamente positiva, sobre os efeitos dos sistemas agroflorestais, do manejo florestal, da pesca e de outros recursos tradicionais.
O Projeto é direcionado às populações do estuário do rio Amazonas. Segundo a professora Oriana Almeida, coordenadora do Projeto, o estudo será realizado em quatro locais específicos: dois locais no Amapá (em Mazagão e Ipixuna) e dois no Pará (Ponta de Pedras e Abaetetuba), sendo que, em Abaetetuba, será feito em parceria com o Institiuto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará (IFPA), de Abaetetuba.
Tempo do Projeto – Segundo a professora Oriana, o Projeto será executado em três anos, iniciando já em fevereiro de 2012. Deverá ter coleta de dados participativa e uma análise dos eventos de marés extremos e sua relação com a mudança climática. “O estudo se dará em vários níveis, como: coletas de dados gerais para traçar um perfil da população de várzea; coleta de dados diária de atividades da população da região, como açaí e pesca do camarão”, apontou a coordenadora.
Metas - O Projeto prevê como metas a produção de um Sistema de Aviso de Alerta Antecipado (SAA) de eventos extremos de marés, criação de um sistema de informação para tomadas de decisão e avaliação dos sistemas de resiliência socioeconômicos da região. Para isso, será conduzido um levantamento socioeconômico, medidas hidroclimáticas, levantamento socioeconômico sobre o uso da terra, inventário de abundância de pescado e sua diversidade, assim como inventários de agrodiversidade e de biodiversidade.
O Projeto conta com a colaboração do professor Sergio Rivero, do Programa de Pós-Graduação em Economia da UFPA; do doutor Miguel Pinedo Vasquez, da Universidade da Columbia, nos EUA; do professor Peter Deadman, da Universidade de Waterloo, no Canadá; do pesquisador doutor Nathan Vogt, do Instituto de Pesquisas Espaciais (INPE); e da doutora em Meteorologia Kátia Fernandes, da Universidade de Columbia, nos EUA.
Para saber mais sobre o Projeto, clique aqui.

UFPA implanta ações sustentáveis para a proteção do meio ambiente - UFPA

Buscando novas formas de proteger o meio ambiente, a Universidade Federal do Pará (UFPA) está implementando algumas ações para diminuir a poluição e conscientizar a comunidade universitária. Algumas ações são gerenciadas pela Prefeitura da Cidade Universitária, como a Coleta Seletiva Solidária, que foi implantada em 2009 e continua em funcionamento, como também ações que são resultado do Seminário Amazônia+20, como a substituição de copos descartáveis por ecopos.
UFPA implanta ações sustentáveis para a proteção do meio ambiente - UFPA

PROJETO "ECO-BARCOS" E FILTRAGEM DE POLUENTES NOS RIOS AMAZÔNIA

Jornal da Universidade Federal do Pará . Ano XXVI Nº 106, Agosto de 2012.
ITEC desenvolve filtros para monitorar rios
ITEC desenvoPor Mayara Albuquerque / Agosto 2012. Foto Alexandre Moraes

Desenvolver filtros com a função de promover o biomonitoramento da qualidade da água dos rios, estimular a conscientização ambiental e aplicar os conhecimentos técnicos na busca de soluções para o meio ambiente. Esses são os objetivos do Projeto "Desenvolvimento de Filtros Integrantes e Eco-Barco para o Biomonitoramento da Água dos Rios", desenvolvido pelo Instituto de Tecnologia (ITEC) da Universidade Federal do Pará, sob a coordenação da professora Carmem Gilda Dias. O Projeto integra atividades das Faculdades de Engenharia Naval, Engenharia Mecânica e Engenharia Sanitária e Ambiental da UFPA.


A poluição da água é a modificação das características de um ambiente pela adição de substâncias ou formas de energia que alteram sua natureza, de forma a prejudicar seu uso, a vida e o bem-estar de todos os seres vivos. Atualmente, uma grande quantidade de materiais pós-consumo e combustíveis de embarcações são lançados diariamente nos rios. Os impactos no ecossistema aquático aumentaram nos últimos anos com o uso indiscriminado de alguns produtos, como detergentes, pesticidas, aditivos, plásticos, entre outros. Outros fatores que comprometem o ambiente hídrico são o crescimento populacional, o processo de urbanização desordenada e a deficiência dos serviços de saneamento básico.
Com o objetivo de usar o conhecimento adquirido na Universidade para mudar essa realidade, o Projeto "Eco-Barcos para Educação Ambiental" propõe a reciclagem dos materiais pós-consumo para transformá-los em embarcação de coletas de resíduos sólidos. Assim, o eco-barco é construído a partir de garrafas PET, latinhas de cerveja e de refrigerante. A base para sua construção e o grande diferencial do produto são a técnica de roto-moldagem, que reprocessa polímeros e outros materiais reciclados. A embarcação é a primeira, no Brasil, construída com essa técnica. O trabalho também propõe promover a conscientização ecológica de quem mora na Região Metropolitana de Belém, para evitar o despejo de resíduos sólidos nos rios da região.

Pesquisa seleciona no próprio lixo elementos filtrantes

Atuando no Projeto, a estudante Ana Paula Soares desenvolveu sua pesquisa de mestrado com a perspectiva de fornecer para o eco-barco filtros que pudessem fazer o biomonitoramento da água dos rios, fazendo a integração entre as comunidades acadêmica, ribeirinha e estudantil. De acordo com a professora Carmen Gilda, os filtros foram constituídos por múltiplas camadas de elementos filtrantes com características seletivas.
"Um dos graves problemas que encontramos em nossos rios é em relação à contaminação de óleos e graxas despejados pelas embarcações. Se estamos preparando embarcações com a função de preservar o meio ambiente, por que não destinar algumas embarcações para fazer a limpeza dos óleos e graxas e, ao mesmo tempo, conscientizar a população? Foi essa a ideia que incitou este Projeto," explica a professora.
Os filtros são desenvolvidos pela equipe no Laboratório de Engenharia Mecânica da UFPA e sua arquitetura é constituída por um conjunto de funções, entre as quais, estão a conservação da fauna de macroinvertebrado e a remoção dos sólidos e líquidos viscosos. Ele foi desenvolvido em múltiplas camadas, obtidas a partir de materiais reciclados de embalagens pós-consumo, polietileno e celulose e argilominerais naturais.
Segundo Ana Paula Soares, as fibras de celulose são obtidas por meio da polpa da madeira e de outras fontes naturais. Para a construção dos filtros, o grupo usou as fibras contidas em embalagens cartonadas multicamadas, que são constituídas por três matérias-primas: estruturação de celulose, lâminas de alumínio e filmes poliméricos. Ela explica que a celulose é o composto responsável pela retenção dos óleos devido a sua compatibilidade química. Os polímeros, como o polietileno, o polipropileno e o poliestireno, são amplamente utilizados como matéria-prima para embalagens poliméricas (filmes plásticos metalizados) e apresentam algumas propriedades, como alta resistência ao impacto, baixo custo, excelente processabilidade, além de serem inertes a muitos produtos químicos e terem sido utilizados para dar resistência aos filtros, protegendo a celulose.
De acordo com a pesquisadora, esses compósitos foram escolhidos devido a suas características seletivas e, de acordo com a sua formulação, conseguem identificar, em meio a inúmeras substâncias, aquela na qual  o grupo esteja interessado, ou seja, são utilizadas substâncias que reagem de acordo com o que se quer detectar, filtrar ou imobilizar, neste caso, graxas e óleos nocivos ao meio ambiente aquático.
"O acelerado crescimento, sem condições adequadas de habitação e saneamento básico, tem prejudicado excessivamente a água dos nossos rios. Alguns estudos citados já comprovam o elevado índice de poluição existente, por exemplo, no rio Tucunduba. A nossa intenção é pegar tudo aquilo que iria para o lixo e transformar em elementos filtrantes e filtros, transformando este material reciclável em bens para a própria comunidade", explica.

Atividades de extensão envolvem educação ambiental

Além do desenvolvimento dos filtros, o Projeto propõe a conscientização da população que tem contato diariamente com os rios. As atividades estão vinculadas às atividades de extensão dos cursos de Engenharia Sanitária e Ambiental. Segundo a coordenadora, os alunos trabalharam com a comunidade Porto do Açaí, na Baía do Guajará, em Belém, mostrando como fazer a destinação adequada do lixo. "Fizemos um trabalho com a comunidade, mostrando como deve ser feito o tratamento adequado do lixo produzido, ressaltando a importância da preservação da água para a vida da população," explica Carmen Gilda.
Durante a ação no Porto do Açaí, a equipe testou, também, os filtros para coletar dados em relação à sua eficiência, que foi comprovada. Segundo a professora, a ideia é que os eco-barcos equipados com os filtros sejam doados para que a comunidade possa utilizá-los na preservação dos rios. O Projeto "Desenvolvimento de filtros integrantes e eco-barcos para o biomonitoramento da água dos rios" foi desenvolvido no período de 2008 a 2011 e já iniciou novos planos para o futuro.
Utilizando o mesmo processo de roto-moldagem, o grupo pretende fazer filtros para o tratamento de outros tipos de rejeitos encontrados nos rios, como os metais contaminantes. "Nossa universidade tem um diferencial geográfico em relação às outras, os nossos rios. Devolver o conhecimento para a população preservando o que é nosso é um orgulho," conclui a professora Carmem Gilda.
O "Eco-Barcos" é financiado pelo CNPq e tem como colaboradores o ETPP, CEFETPA, IBAMA, POEMATEC, PROEX, FAPESPA, VALE e COPALA. Informações: 3201-7324.