ÚLTIMAS SOBRE A GREVE

ÚLTIMAS SOBRE A GREVE

Na quinta-feira e sexta-feira tivemos batalhas duras com a secretaria de educação e nossas próprias posições diante do que foi oferecido pelo governo.

Chegamos ao ‘fundo do poço’, este ano, de estarmos discutindo com o Governo em relação à possibilidade de o nosso salário se equiparar ao mínimo (R$465,00).

O Governo Ana Julha, que vergonha, não tem possibilidade de equiparar o nosso salário ao mínimo nacional.
Diante desse caos decidimos – a categoria - continuar nossa greve e convencer, a cada dia, outros colegas e estudantes a fazerem parte desse movimento nas nossas próprias comunidades. Por isso, na terça-feira, no Honorato, seremos porta-voz dessa posição para ouvir o lado da comunidade e chegarmos a um consenso.

Como é uma reunião de fundamental importância toda comunidade deverá fazer-se presente: direção, vice-direção, pais de estudantes, estudantes, o próprio Gestor, concursados, contratados, destratados, comissão eleitoral para direção, comissão eleitora para o grêmio estudantil, em fim, os rumos da greve dependerão da exposição, discussão e análise de todos os seguimentos da comunidade.
A seguir o áudio-visual dos momentos da greve que compreendem quinta-feira e sexta-feira desta semana. Assistam e ouçam.

AÇÃO ESTUDANTIL NA ESCOLA

A equipe das ciências vem apoiando as ações estudantis. E não é por acaso, já que muitas ações coordenadas poderão ser desenvolvidas entre a equipe de Ciências e o Grêmio Estudantil Raimundo Pinto Leão. Por isso, nossa equipe terá o maior prazer de estar reunindo com os estudantes do Grêmio para solucionarmos muitos problemas como a falta de bancada para os experimentos no laboratório das Ciências.

Como sou integrante da comissão eleitoral do Grêmio Estudantil espero que logo após a greve algumas decisões sejam tomadas tais como as datas das campanhas, debates, pleito eleitoral e posse da chapa vencedora.

Em homenagem a vocês produzi um audiovídeo com imagens e som da movimentação do Grêmio antes da Greve. Espero que gostem. Assistam e ouçam:

SATISFAÇÃO SOBRE A GREVE

Como satisfação ao momente de greve estou (Valdir Barros/C.Biologia) esclarecendo algumas posições relativa as reivindicações que estamos pleiteando na greve, haja vista que alguns estudantes, por email ou orkut e até msn, tem me questionado.

Então vamos a estas:

Espero que as aulas reiniciem ainda em maio. Amanhã algumas decisões serão tomadas no sentido de prolongar ou finalizar a greve. A Governadora está disponibilizando 6% de reajuste para o nosso salário. Isso significa que nós, docentes, receberemos na linha do próprio salário mínimo (R$ 465,00), quando já foi estabelecido em Brasília o Teto salarial dos professores acima desse valo.

Essa discussão com o Governo está na pauta financeira apenas. Ainda precisam ser discutidas outras pautas ligadas a qualidade do ensino-aprendizagem que os trabalhadores da educação e o alunado enfrentam nos ambientes escolares. Nossa escola, por exemplo, não possui internet e os computadores estão obsoletos, o número de alunos por classe ultrapassa 50 nos turnos da manhã e tarde, o sistema de refrigeração já está comprometido com menos de um ano após a reforma, a lotação dos professores em outros espaços de aprendizagem como a biblioteca, o laboratório de Ciências é uma verdadeira tortura na SEDUC (local onde se vê funcionário totalmente perdido no atendimento às pessoas), alguns colegas temporários foram destratados e não podem mais lecionar na escola, e para completar a Governadora desautorizou o pagamento retroativo de qualquer espécie, o que significa que aquilo que foi trabalhado não será pago, momentaneamente, com a desculpa de enxugamento da folha (corte de gastos). No entanto, o Kit escolar e a propagando estão garantidos nesse governo.
Infelizmente minha visão particular de todos os governos é a de que a educação só funciona com o professor na sala de aula seja lá em que condições forem. Não interessa a presença de diretores, outros espaços de aprendizagem, não interessa a presença de outros recursos como um bom quadro, um data-show, um retro-projetor, um aparelho de DVD, as reformas nas instalações nem se fala, os banheiros tanto de estudantes como de outros funcionários nem pensar, a segurança nas escolas e transportes dos estudantes para as escolas ninguém viu, ninguém sabe.
Sem levar em consideração que este é o caso, apenas, da nossa escola.
Quando se chega em uma manifestação pró-greve com um discurso de que a mesma pode prejudicar os estudantes e que não devemos nos esquecer do ano passado com aulas nos sábados, como foi o meu caso, corre-se o risco de apanhar ou ser tido como traidor e pelego. Por isso, a maior parte dos colegas da nossa escola concorda com a greve, visto que a indignação na categoria com esse governo é muito grande e não podemos fazer vistas grossas para esse contexto.
No entanto, tudo que conseguimos até hoje, enquanto professores, financeiramente e em termos de qualidade de ensino-aprendiza, foi nas ruas enfrentando a polícia e gás de pimenta e bala de plástico (não de borracha como dizem na mídia), desacordo com as posturas de Governos e insensibilidades de muitos gestores que tomam conta do nosso estado, inclusive sendo criminalizados no atual Governo.
Somos os abusados, pois abusamos das Leis do estado, nossa greve no ano passado foi um crime. Por tanto os abusados criminosos estão nas ruas novamente reivindicando não só reajuste financeiro, mas uma melhor qualidade de ensino para esse estado super atrasado de educação, cultura, arte e lazer, entre outros.

Aguardemos os próximos capítulos dessa novela.

Assistam ao noticiciário sobre a nossa audiência na SEDUC.

Um abraço a todos/as.

POR ENQUANTO NOS BASTIDORES:

A estruturação do Laboratório Multidisciplinar de Ciências da Nossa Escola tem o significado de criar de fato e de direito um espaço de aprendizagem muito importante para as pretensões da qualidade de ensino. Isto é, ele se configura em uma possibilidade de tratarmos os fatos, conceitos, procedimentos e atitudes dos conhecimentos das Ciências Físicas, Químicas e Biológicas de forma prática e lúdica. O que contraria o ritmo imprimido no contexto de sala de aula, no qual existe extrema exposição dos conhecimentos – de forma tradicional ou não – tornando o ensino-aprendizagem cansatível para o alunado.
No entanto, é triste ainda ter que declarar neste ambiente comunicacional que a lotação para a coordenação deste espaço de aprendizagem tão importante não está viabilizada.
Na segunda-feira passada estive com o gestor Mauro Braga na SEDUC (CODES) para tratarmos desta lotação e obtive a informação de que o sistema estava fora do ar (sistema ERGON). Confirmamos que a lotação seria efetivada quando o sistema estiver em pleno desempenho (talvez lá pela quinta-feira).
Além dessa informação conversamos sobre os vários erros de lotação na matrícula de alguns docentes que estão insatisfeitos com o sistema ERGON, da SEDUC que não funciona no Mosqueiro (pólo 19). O que provoca, obviamente, severas alterações no contracheque e conseqüentemente na parte financeira dos/as professores/as.
Tenho esperança que seja encontrada uma solução para efetivarmos as ações no laboratório de Ciências da Escola, visto que ainda temos outros problemas para resolvermos como a falta de bancada para os experimentos, a falta de armários para a maioria do material experimental e as reuniões com os/as professores/as de Ciências para, entre outros, equacionarmos o espaço do laboratório em relação ao número de estudantes em processo de experimento.
Um abraço a todos/as.
Valdir Barros।
E por enquanto fiquem com um vídeo das imagens do laboratório: